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Básico

O Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI) é muitas vezes secreto e difícil de notar, com apenas 5 a 6% de indivíduos com TDI tendo uma maior apresentação aflorada do transtorno. A troca entre alters é raramente acompanhada de mudanças dramáticas na personalidade, que são destacadas por mudanças de vestimenta, preferências e sotaque. 

Em contraste, sistemas regularmente se esforçam muito para esconder sua condição e vão negar e minimizar seus sintomas o máximo possível quando diagnosticados. Alters frequentemente se manifestam através de influência passiva ao invés de completamente assumir o controle executivo, e muitos indivíduos com TDI são amnésicos pela própria amnésia dissociativa causada pelo transtorno e nem mesmo notam quando uma troca completa ocorre.

De acordo com o DSM-5, indivíduos que são diagnosticados com TDI muitas vezes apresentam primeiramente comorbidades¹ como Transtorno de Estresse Pós-Traumático, Transtornos Depressivos, Transtornos de Ansiedade, transtornos de personalidade como o Transtorno de Personalidade Borderline ou Transtorno de Personalidade Esquiva, Transtorno de Conversão, transtornos somatoformes, transtornos alimentares, transtornos relacionados ao abuso de substâncias, Transtorno Obsessivo Compulsivo, transtornos de sono, auto-mutilação ou crises psicogênicas não-epiléticas (CPNE).

Os sintomas podem ser confundidos com transtornos de humor, como por exemplo transtornos bipolares ou Transtorno Depressivo Maior, transtornos de personalidade, como o Borderline, transtornos psicóticos, por exemplo a esquizofrenia e mesmo com outros transtornos dissociativos como o Transtorno de Amnésia Dissociativa, além de o TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático) sozinho. Para além destes, os sintomas também podem se confundir com sintomas de Transtorno de Conversão, transtornos epilépticos, Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), paranoia ou transtornos cognitivos. 

O TDI torna-se cada vez mais visível com a idade ou  quando o indivíduo com o transtorno é removido da situação traumática, quando o indivíduo tem filhos que chegam na idade em que o indivíduo foi traumatizado, ou quando o abusador desse indivíduo morre ou contrai uma doença terminal.

O DSM-5 alerta que cerca de 70% dos pacientes ambulatoriais com TDI tentaram cometer suicídio. O fato de alguns, mas não todos os alters, poderem se machucar ou ter ideação ou impulso suicida complica o tratamento.

REFERÊNCIAS

¹ AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION – APA. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014

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