Os pais e outros cuidadores devem servir como fontes de conforto e segurança para as crianças sob seus cuidados. Crianças pequenas dependem dos seus cuidadores para sobreviver, por isso é essencial que os cuidadores e as crianças se conectem desde cedo para que as necessidades da criança possam ser atendidas. Quando isso é feito corretamente, o resultado é um apego seguro. O apego seguro ajuda a criança a aprender a reconhecer, nomear e regular suas emoções, a se acalmar e a formar apegos saudáveis mais tarde na vida. Ele ensina à criança que o universo é fundamentalmente um lugar seguro, que as outras pessoas são boas e que a criança é boa. Também ensina a criança a reconhecer suas necessidades, atendê-las e pedir ajuda quando precisar.
Apego Inseguro
Em contraste, o apego inseguro ensina à criança que suas necessidades não importam ou que não se pode confiar na ajuda de outras pessoas. O universo não é mais percebido como seguro e nem a criança como boa. No caso do apego evitativo, o cuidador não está disponível, não quer ou é incapaz de atender às necessidades da criança. A criança aprende que não pode demonstrar apego abertamente ao cuidador porque não pode esperar que ele seja retribuído. A criança deve evitar irritar o cuidador e impedir que suas necessidades básicas sejam atendidas. Contudo, além da aparência externa da criança, os sinais fisiológicos de sofrimento são reveladores.
Entretanto, alguns cuidadores/provedores estão disponíveis por um tempo mas não em outro, e a criança não consegue prever quando ela pode ou não abordar o cuidador com quem ela deseja se apegar. Nesse caso o apego ansioso será o resultado e a criança vai permanecer o mais próximo possível do cuidador, perdendo oportunidades naturais de explorar e se desenvolver, no caso de o tempo no qual não estiver presente, seja o tempo que os pais ou responsável poderia estar disponível para cuidar dela. Isso pode levar à hipervigilância geral e à ansiedade da separação que não é aliviada pelo retorno do cuidador.
Apego Desorganizado
O apego desorganizado é o tipo final de apego inseguro e ocorre quando a criança não tem a oportunidade de se conectar adequadamente ao seu cuidador porque o cuidador serve tanto como fonte de conforto quanto de medo. Isso pode ocorrer quando o cuidador às vezes é abusivo, mas ainda assim a criança deve depender e confiar nele para a própria sobrevivência. Também pode ser resultado de um tipo de inversão de papéis conhecido como parentificação, em que a criança é responsabilizada pelo bem-estar do cuidador em vez do próprio. Um cuidador que é frequentemente assustador, visivelmente assustado ou pouco comunicativo também pode ser uma causa. Independentemente disso, a consequência para a criança é confusão, distanciamento e medo. A criança irá alternar entre apego evitativo, apego ansioso e dissociação enquanto tenta responder adequadamente aos pais e ter suas necessidades atendidas.
O apego desorganizado está associado a confusão de identidade, transtornos dissociativos, transtorno de personalidade borderline e ao transtorno de apego reativo.
Recursos extras
- http://boundaryninjatales.com/2011/10/14/disorganized-attachment-or-why-you-think-youre-crazy-but-really-arent/
- https://www.psychologytoday.com/blog/talking-about-trauma/201406/fragmented-child-disorganized-attachment-and-dissociation
- http://psychology.about.com/od/loveandattraction/ss/attachmentstyle_7.htm
- http://www.communitycare.co.uk/2011/01/21/indicators-of-disorganised-attachment-in-children/
- http://www.aboutkidshealth.ca/en/news/series/attachment/pages/attachment-part-two-patterns-of-attachment.aspx